Vampiro

Introdução

O vampiro, o predador sedutor, "morto-vivo", é uma das criaturas mais encantadoras de todas. É também uma das mais duradouras: os vampiros surgiram há milhares de anos e aparecem em muitas culturas diferentes.
Neste artigo, veremos de onde vêm os vários elementos da lenda do vampiro e veremos também o significado psicológico dessas criaturas e conheceremos algumas contrapartes do vampiro.

Fundamentos Sobre os Vampiros

De acordo com a mitologia predominante, todo vampiro já foi humano que, depois de ter sido mordido por um vampiro, morreu e se levantou do túmulo como um monstro. Os vampiros adoram o sangue dos vivos, a quem eles perseguem durante a noite. Eles usam suas presas afiadas para morder os pescoços de suas vítimas.
Já que são cadáveres reanimados (restos mortais de uma pessoa falecida), os vampiros são freqüentemente referidos como "os mortos-vivos". No entanto, eles ainda podem se passar por humanos saudáveis e passar despercebidos entre os vivos. De fato, os vampiros podem ser atrativos, altamente sexuais, seduzindo sua presa antes de se alimentar dela. Um vampiro pode também tomar a forma de um animal, geralmente um morcego, para dar o bote na vítima.
Os vampiros são potencialmente imortais, mas possuem algumas fraquezas. Dependendo da espécie eles podem ser destruídos por uma estaca no coração, fogo, luz do sol direta, com danos no crânio alem de ter sua forma revelada caso ingiram alho. Os vampiros não refletem sua imagem no espelho e possuem uma força extraordinária. Mas enquanto os elementos específicos identificados são recentes, a maioria deles possui raízes profundas, em muitas regiões e culturas.

Primeiros vampiros

Lamastu e Lilith são freqüentemente descritas com asas
e garras afiadas
Ninguém sabe quando foram criadas as primeiras criaturas vampirescas, mas as lendas datam de pelo menos 4 mil anos, com os antigos assírios e babilônios da Mesopotâmia. Os mesopotâmicos temiam Lamastu (também soletrado como Lamashtu), uma demônio que caçava humanos. Na lenda assíria, Lamastu, filha do Deus do céu Anu, entrava numa casa à noite e roubava ou matava bebês em seus berços ou no próprio ventre materno. Acreditava-se que as mortes de crianças e os abortos eram causados por ela.
Lamastu, cujo significado é "a que apaga", também caçava adultos, sugando o sangue de jovens rapazes e trazendo doenças, esterilidade e pesadelos. Ela é freqüentemente descrita como tendo asas e garras de pássaro e, às vezes, com cabeça de leão. Para se proteger da Lamastu, as mulheres grávidas usavam amuletos que descreviam Pazuzu, outro Deus do mal que certa vez a derrotou.
Lamastu é a filha mais velha de Lilith, uma figura proeminente em alguns textos judaicos. Os registros sobre Lilith variam consideravelmente, mas nas versões mais notáveis da história, ela era a mulher original. Deus criou Adão e Lilith a partir da Terra, mas logo apareceram os problemas entre eles. Lilith se recusou a obedecer Adão, já que ela veio do mesmo lugar que ele.
Em uma versão antiga da lenda, Lilith deixou o Éden e começou a ter seus próprios filhos. Deus enviou três anjos para trazê-la de volta e quando ela se recusou, eles prometeram que matariam 100 de seus filhos todos os dias até que ela retornasse. Lilith, em troca, jurou destruir crianças humanas.
Acredita-se que os registros de Lamastu como uma matadora de crianças foram tirados diretamente da lenda da Lilith. Ela é freqüentemente descrita como um demônio alado com garras afiadas que aparecia à noite, principalmente para roubar crianças e fetos. Muito provavelmente, os judeus assimilaram a figura de Lamastu em suas tradições, mas é possível também que ambos os mitos tenham sido inspirados por uma terceira figura.
Ao mesmo tempo em que é descrita como uma criatura aterrorizante, Lilith tem também qualidades sedutoras. Os antigos judeus acreditavam que ela aparecia para os homens à noite como um súcubo.
Assim como Lilith e Lamastu, Lamia é descrita como
metade mulher,metade animal. Ela possui o torso de
uma mulher e a parte inferior do corpo de uma cobra.
Os antigos gregos temiam criaturas semelhantes, notavelmente a Lâmia, um demônio com cabeça e torso de mulher e parte inferior do corpo de cobra. Em uma versão da lenda, Lâmia era uma das amantes mortais de Zeus. Com muita raiva e ciúmes, a esposa de Zeus, a deusa Hera, enlouqueceu Lâmia, fazendo com que ela comesse todos os seus filhos. Quando Lâmia percebeu o que tinha feito, ficou tão furiosa que se transformou em um monstro imortal, sugando o sangue de crianças por ter ciúmes de suas mães.
Os gregos temiam também as empusai, as filhas maliciosas de Hecate, a deusa da bruxaria. As empusai, que mudavam de forma, vinham do Tártaro (a terra dos mortos) à noite na forma de belas mulheres. Elas seduziam pastores nos campos e, em seguida, os devoravam. Uma criatura semelhante, o baobhan sith, aparece no folclore celta.
Figuras vampirescas possuem também uma longa história na mitologia da Ásia. O folclore indiano possui alguns personagens assustadores, incluindo o rakshasa, que caçava crianças, e os vetala, demônios que se apoderavam de corpos de pessoas recentemente falecidas para levar a destruição aos vivos. No folclore chinês, os cadáveres saíam dos túmulos e caminhavam entre os vivos. Esses k'uei foram criados quando o p'o (espírito inferior) de uma pessoa não passava para o pós-vida no momento de sua morte, geralmente devido ao mau comportamento durante a vida. O p’o, com raiva de seu terrível destino, reanimava o corpo e atacava os vivos à noite. Um tipo particularmente vicioso de k'uei, conhecido como Kuang-shi (ou Chiang-shi), voava e assumia formas diversas. O Kuang-shi era coberto de pêlos brancos, tinha olhos vermelhos e brilhantes e mordia suas vítimas com presas afiadas.
As tribos nômades e os caixeiros viajantes espalharam diversas lendas sobre vampiros por toda a Ásia, Europa e Oriente Médio. Conforme essas histórias iam de um lugar a outro, os seus vários elementos se combinavam para formar novos mitos sobre vampiros. Nos últimos mil anos as lendas sobre vampiros foram enriquecidas especialmente pelos europeus.

Espécies De Vampiros

Alguns pesquisadores, filósofos e estudantes do ocultismo/vampirismo em geral,criaram a hipótese de existir diferentes raças de vampiros,em torno de todo o mundo, como por exemplo na Índia, um país pobre, onde a população não tem o que comer, tem diversos mitos canibais, em que estes comem carne humana e bebem sangue humano para sobreviver. Este é apenas um exemplo, existem diversos.

Sanbosam:

Asanbosam são vampiros africanos. São vampiros normais exceto que possuem cascos ao invés de pés. Tendem a morder suas vítimas no polegar.

Baital:

Baital é uma raça de vampiro indiana. Sua forma natural é metade homem, metade morcego, tendo mais ou menos um metro e meio de altura.

Baobhan Sith:

O Baobhan Sith (buh-van she) é uma fada demônio escocesa, que aparece como uma jovem mulher e dançará com o homem que achar, até que o mesmo se esgote, para depois se alimentar dele. Pode ser morta por ferro frio.

H’iang Shih:

Na China, existem criaturas vampirescas chamadas Ch'Iang Shih. São criadas se um gato pular sobre o corpo de um cadáver. Eles se levantarão para a vida e podem matar com um bafo venenoso além de poderem drenar o sangue. Se um Ch'Iang Shih encontra uma pilha de arroz, ele tem que contar os grãos antes de passar. Sua forma imaterial é uma esfera de luz.

Dearg-Due:

Na Irlanda, muitos druidas falam do Dearg-Dues que têm que ser mortos sendo construído um monte de pedras sobre suas sepulturas. Os Dearg-Dues não mudam de forma.

Krvopijac:

Esses são vampiros búlgaros e também são conhecidos como Obours. Eles se parecem com vampiros normais, mas têm apenas uma narina e a língua longa e pontiaguda. Eles podem ser imobilizados se colocadas rosas em seus sepulcros. Podem ser destruídos se conjurada uma palavra mágica numa garrafa e a mesma atirada numa fogueira.

Lâmia:

Lâmia é originária da Roma e Grécia antiga. São exclusivamente fêmeas, sendo geralmente metade humana, metade animal (quase sempre uma cobra, e sempre na parte inferior do corpo). Elas comem a carne de suas vítimas assim como bebem seu sangue. As lâmias podem ser atacadas e destruídas com armas normais.

Rakshasa:

Rakshasa é uma poderosa vampira e feiticeira indiana. Geralmente aparenta um ser humano com características animais (garras, presas, olhos em fenda, etc...) ou animais com características humanas (pés, mãos, nariz chato, etc...). O lado animal é muito comumente um tigre. Elas comem a carne de suas vítimas além de beber seu sangue. As Rakshasas podem ser destruídas por fogo extremo, luz do sol, ou exorcismo.

Strigoiul:

Este é o vampiro romano.
Strigoiuls são muito parecidos com o vampiro original, mas preferem atacar em bando. Eles podem ser destruídos se for posto alho em sua boca ou removendo-se o coração.

Succubus:

Esta é uma raça menos conhecida de vampiras européias. A maneira mais comum de se alimentarem é tendo relações sexuais com suas vítimas, deixando-as exaustas e depois alimentando-se da energia dispersada no ato sexual. Elas podem entrar numa casa sem serem convidadas e tomar a aparência de qualquer pessoa. Geralmente visitarão suas vítimas mais de uma vez. A vítima de uma Succubus interpretará as visitas como sonhos. A versão masculina de um Succubus é um Incubus.

Vlokoslak:

Vampiros sérvios também chamados de Mulos. Eles normalmente aparentam-se com pessoas trajadas de branco, tão diurnos quanto noturnos, podem assumir a forma de um cavalo ou de uma ovelha. Comem suas vítimas assim como bebem seu sangue. Podem ser destruídos se decepados os dedos dos pés, ou com um prego transpassado no pescoço.

Upierczi:

Esses vampiros têm origem na Polônia e na Rússia e também são chamados de Viesczy. Possuem um ferrão sob a língua ao invés de presas. Ficam ativos a partir da meia noite e só podem ser destruídos por fogo extremo. Quando incendiados, seu corpo irá explodir, dando origem à centenas de pequenos e repugnantes animais (larvas, ratos, etc...). Se algumas dessas criaturas escaparem, então o espírito do Upierczi escapará também, e retornará para reclamar vingança.

Nosferatu:

Nosferatu é outro nome para o vampiro original, que também é chamado de vampyre, ou vampyra. Esse vampiro que da origem a linhagem de vampiros modernos  como conde Drácula (não se confunda, Edward Cullen não é vampiro moderno, pra falar a verdade ele nem é vampiro é apenas uma lagarta esperando a hora de virar borboleta) eles tem origem holandesa e romena e por isso podem ter algumas diferenças em nos modos de matá-los

Os Romenos Têm Como Características Principais :

•Intolerância a luz do sol;

•Intolerância a alho;

•E caso uma estaca, flecha ou qualquer objeto pontiagudo acerte seu coração ele também morrera.

Os Holandeses Têm Como Características Principais :

Esses vampiros têm uma resistência a luz do sol, e exposto a alho somente mostra sua verdadeira forma, mas seu ponto fraco é seu crânio e caso houver fratura nele será permanente.

Vampiros mais recentes

A lenda de Drácula é a lenda do vampiro moderno que surgiu. A partir dele foram inspiradas lendas diretamente pelo folclore do leste europeu. A história registra dezenas de figuras míticas vampirescas nessa região, remontando há centenas de anos. Todos esses vampiros têm seus hábitos e características particulares, mas a maioria cai em uma das duas categorias gerais:

•demônios (ou agentes do mal) que reanimavam cadáveres para que andassem entre os vivos;

•espíritos de pessoas mortas que não deixavam seus próprios corpos.

Os vampiros mais notáveis eram o upir russo e o vrykolakas grego. Nessas tradições, pecadores, crianças não-batizadas e outras pessoas que não tivessem a fé cristã eram as mais propensas a se tornar vampiros após suas mortes. Os que praticavam bruxaria eram particularmente mais suscetíveis, pois já haviam entregado suas almas ao demônio enquanto eram vivos. Depois que os cadáveres saíam dos túmulos, aterrorizava a comunidade, alimentando-se dos vivos.
Em muitos registros, era necessário que esses cadáveres retornassem regularmente aos seus túmulos para descansar. Quando as pessoas da cidade suspeitavam que alguém havia se tornado um vampiro, exumavam o corpo e tentava se livrar do mau espírito. Tentavam o ritual do exorcismo, mas era mais comum destruírem o corpo. Isso podia ser feito através de cremação, decapitação ou com uma estaca no coração. Os corpos também podiam ser enterrados de bruços para que os cadáveres fossem mais para dentro da terra. Algumas famílias colocavam estacas sobre o cadáver para que este se empalasse caso tentasse escapar.
Os vampiros da Moldávia, Wallachia e Transilvânia (agora Romênia) eram comumente chamados de strigoi. Os strigoi eram quase exclusivamente espíritos humanos que tinham retornado dos mortos. Diferentemente do upir e dos vrykolakas, os strigoi passavam por diversos estágios antes de retornar dos mortos. Inicialmente, um strigoi podia ser invisível, atormentando sua família movendo móveis e roubando comida. Depois de algum tempo, ele se tornava visível, com aparência igual à que tinha em vida. Novamente, o strigoi retornava para sua família, roubando o gado, implorando por comida e trazendo doenças. Os strigoi se alimentavam de humanos. Primeiro, dos membros de sua família, depois de qualquer um que encontrassem. Em alguns registros, o strigoi sugava o sangue de suas vítimas diretamente do coração.
Inicialmente, um strigoi precisava retornar ao túmulo regularmente, assim como o upir. Se as pessoas da cidade suspeitassem que alguém houvesse se tornado um strigoi, exumavam o corpo e o queimavam ou, ainda, o espetavam. Mas depois de sete anos, se um strigoi ainda estivesse por ali, poderia viver onde quisesse. Dizia-se que os strigoi viajavam para cidades distantes para começar vidas novas como pessoas comuns e que esses vampiros secretos se encontravam em reuniões semanais.
Além dos strigoi, referidos como strigoi mort, as pessoas também temiam os vampiros vivos ou strigoi viu. Os strigoi viu eram pessoas vivas amaldiçoadas condenadas a se tornar strigoi mort quando morressem. Crianças nascidas com anormalidades, como rabos ou um pouco de tecido da membrana fetal ligado à cabeça (chamado de caul), eram geralmente considerados strigoi viu. Se um strigoi mort que vivesse entre os humanos tivesse filhos, estes eram amaldiçoados e condenados a se tornarem strigoi após sua morte. Quando um strigoi viu morria, a família destruía seu corpo para assegurar que este não retornaria do túmulo.
Em outras partes do leste europeu, criaturas do tipo strigoi eram conhecidas como vampir, ou vampyr, mais provavelmente uma variação do russo upir. Os países do oeste europeu pegaram esse nome e o "vampyr" (mais tarde "vampiro") entrou para o idioma inglês.
Nos séculos 17 e 18, a histeria sobre os vampiros se espalhou por todo o leste europeu. As pessoas diziam ter visto seus parentes mortos andando por aí atacando os vivos. As autoridades abriram sepulturas, queimando e colocando estacas nos cadáveres. Esses relatos e o medo dos vampiros se espalharam também pelo oeste europeu, o que gerou especulações acadêmicas sobre as criaturas, bem como poemas e pinturas sobre vampiros.

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